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O Tarot: Uma Ferramenta em Constante Transformação

evoluir é o futuro

10/26/20243 min read

O Tarot, originalmente concebido como um simples baralho de cartas para jogos, passou por uma grande transformação ao longo dos séculos. Estudos de Michael Dummett, Kamal Abu-Deeb, John McLeod, Thierry Depaulis e L.A. Mayer revelaram como o Tarot evoluiu na Europa, influenciado por diversas culturas, incluindo as influências árabes. No século XVIII, começou a ser interpretado de forma divinatória. Esta mudança na forma como o Tarot era visto e utilizado reflete as mudanças nas necessidades da sociedade e a maneira como os seres humanos começaram a procurar respostas para as suas questões internas.

  • Perspetivas de Especialistas e a Evolução do Autoconhecimento

Inspirada pelos estudos destes autores, bem como de outros especialistas como Carl Jung, Alejandro Jodorowsky, Andrea Vitali, Ana Groch, Corinne Morel, Mary K. Greer e Fernanda Frazão, aprofundei a minha compreensão do Tarot e da sua relação com o autoconhecimento. Cada um destes autores ofereceu uma perspetiva única sobre o Tarot, seja pela sua história, simbolismo ou prática. Este percurso de estudo permitiu-me observar como, ao longo do tempo, as gerações procuraram adaptar o Tarot às suas próprias realidades, necessidades e reflexões internas.

  • O Tarot como Espelho Interno na Sociedade Moderna

O Tarot em si não mudou, mas o que mudou foi a interpretação e a dinâmica de utilização. Tal como o futebol muda as suas regras para se manter relevante e cativante, ou como os jogos de vídeo evoluem para oferecer novas experiências, o Tarot também precisa de ser ajustado à geração moderna. O baralho é o mesmo, mas as formas de o usar mudam, adaptando-se às novas ferramentas e realidades sociais.

No meu percurso, não só estudei o Tarot como também desenvolvi uma abordagem mais moderna, utilizando a minha formação de formadora para criar materiais pedagógicos e cursos que ensinam as pessoas a usar o Tarot como um reflexo interno, uma ferramenta de autoconhecimento e não apenas de previsões. Esses estudos influenciaram a forma como desenvolvi o meu trabalho, que inclui workshops e ensaios práticos para testar estas abordagens.

  • A Importância do Acompanhamento Psicológico

Com a evolução da sociedade e a imersão tecnológica, entendi que o Tarot precisava de se adaptar às novas gerações, que procuram cada vez mais autonomia nos seus processos de desenvolvimento pessoal. A minha abordagem reflete essa necessidade, ajudando as pessoas a compreenderem os seus padrões internos e a usarem o Tarot para explorar o seu mundo emocional e psíquico, de forma independente e consciente.

Ao longo desta trajetória, investi também na ilustração do meu próprio livro, em colaboração com o artista Matt Hughes, conhecido mundialmente pelas suas ilustrações detalhadas e etéreas. O propósito? Converter perceções em realidade. A missão? Permitir que futuras gerações possam descobrir, através do Tarot, o poder da criatividade e da verdade pessoal.

O Tarot não é um objeto preso no tempo; ele é uma ferramenta que, como qualquer jogo, deve evoluir com as necessidades dos seus utilizadores. A minha missão é ensinar às pessoas que o Tarot pode ser usado como um método de reflexão pessoal, ajudando-as a tomar decisões com base no que realmente sentem e sabem sobre si mesmas. A validação interna, promovida através da prática do Tarot, é um elemento central do meu trabalho, permitindo que cada pessoa crie a sua própria narrativa, sem depender das opiniões externas ou dos antigos conceitos de previsões místicas. Porém, é essencial reconhecer que o Tarot não substitui o acompanhamento clínico ou psicológico. Quando enfrentamos desafios emocionais mais profundos, procurar um profissional de saúde mental é essencial.

O Tarot: Uma Ferramenta em Constante Transformação