A História da ModernQueen: A Minha Experiência e Visão

Sobre Teresa Sousa e a ModernQueen

Desde a infância, senti uma curiosidade profunda pelas figuras dos baralhos. Aos 7 anos, os Reis e Rainhas dos jogos de cartas que jogava com o meu avô já me fascinavam. Contudo, foi na adolescência, ao encontrar o Tarot Nefertari, que estabeleci uma verdadeira ligação com o Egito antigo. As figuras de Nefertari despertaram a minha imaginação e acompanharam-me ao longo de 18 anos, ajudando-me a construir a minha própria autoimagem e a compreender o Tarot como um reflexo do meu inconsciente.

O meu percurso com o Tarot foi tudo menos linear. No início, cruzei-me com abordagens que misturavam rituais e previsões, mas que não ressoavam com os meus valores. Desde cedo, procurei uma abordagem ética, que honrasse o autoconhecimento sem recorrer a práticas divinatórias. Durante vários anos, dediquei-me a consultas de Tarot, sempre com a consciência de ser assertiva e de ajudar as pessoas a pensarem por si mesmas, incentivando o autoconhecimento. Sabia que as expectativas poderiam ser difíceis de gerir sem uma abordagem consciente e equilibrada, e isso tornou-se um pilar no meu trabalho.

Contudo, chegou o momento em que senti a necessidade de parar e aprofundar os meus conhecimentos. Fiz uma pausa nas consultas e comecei a estudar afincadamente autores como Carl Jung, Michael Dummett, Alejandro Jodorowsky, Mary K. Greer, Corinne Morel, Lisa Hunt, Andrea Vitali, e Ana Groch, no Tarot Estallado na Argentina. Durante este período, investi em livros a preços de colecionador e mergulhei na essência do Tarot, nas suas origens e na sua aplicabilidade ao desenvolvimento humano, incluindo o estudo do nosso baralho de cartas português. Esta fase foi crucial para consolidar a minha visão do Tarot como uma ferramenta de autoconhecimento e transformação pessoal, e não de previsões.

Foi também nesta fase que criei um workshop de Tarot e música rock, onde explorei a ideia das músicas como espelhos do diálogo interno. Neste workshop, as músicas refletiam o nosso diálogo interior, ajudando-nos a ver-nos de forma mais clara. A figura do motard, por exemplo, representava a busca independente e autêntica da própria identidade — uma metáfora para a nossa procura de liberdade.

A minha paixão pelas imagens e símbolos também se manifestou nas figuras que sempre admirei, como Goku e os Power Rangers, e em jogos como GTA: San Andreas. Estas narrativas de autodescoberta e aventura ajudaram-me a ver como o Tarot pode ser adaptado às novas gerações. Ao integrar o percurso do herói com os arquétipos do Tarot, criei novas analogias que permitem explorar o mundo interior de forma dinâmica e acessível. A minha prática não se limita a fórmulas pré-estabelecidas; incentivo cada pessoa a encontrar a sua própria voz, livre de pressões externas, e a usar o Tarot como uma ferramenta de transformação e compreensão de si mesma.

Hoje, o meu foco está na formação, pois acredito que cada pessoa deve encontrar a sua própria voz no Tarot e não depender das interpretações de outros. Já não dou consultas, porque prefiro ensinar as pessoas a usarem o Tarot para se conhecerem a si mesmas, de forma autónoma. O meu método envolve ética, liberdade de interpretação e o uso do Tarot como uma ferramenta de reflexão, sempre com foco na autenticidade e no respeito pela jornada individual de cada um.

A ModernQueen nasceu da minha vontade de oferecer uma nova abordagem ao Tarot, onde tradição e inovação se encontram para revelar o poder pessoal de cada indivíduo. Nos meus cursos e formações, utilizo técnicas que combinam o desenvolvimento pessoal com a interpretação do Tarot, sempre com foco na liberdade, na autenticidade e no respeito pela jornada única de cada um.

A escola contará ainda com a participação de Andrea Vitali, uma autoridade mundial no Tarot histórico e simbologia, garantindo que a ModernQueen seja um espaço de estudo profundo, onde tradição e ética caminham lado a lado com a inovação.

Acredito que a verdadeira evolução só acontece quando nos permitimos questionar e desmontar os padrões que nos limitam. Através da ModernQueen, quero que cada pessoa possa desvendar a sua jornada de forma genuína, honrando as suas próprias descobertas.